6.2.07

PREFEITURA DE PIO XII E SINPROESEMMA ABORTAM PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS

Depois de depositar tanta esperança na criação de um plano de cargos e salários, os profissionais da educação do município de Pio XII, receberam ao final do ano um belo presente de natal: a prefeitura de Pio XII inviabilizou a aprovação, pela Câmara Municipal, do projeto originalmente definido pelos professores.
A categoria discutiu e aprovou um projeto de emenda à lei, uma vez que já existe um plano de carreiras (Lei 010/97) em Pio XII. Havia sido definido também que o vereador Roberto Carlos deveria apresentar o projeto na Câmara. Ao longo do processo de encaminhamento do projeto, alguns fatos estranhos já começavam a indicar as manobras que se preparavam para abortá-lo.
Em vez de encaminhar o projeto ao vereador Roberto Carlos, o núcleo do Sinproessema encaminhou-o à Prefeitura de Pio XII. A partir daí, a proposta da categoria transformou-se num projeto do prefeito. A poucos dias de acabar o ano de 2006, o secretário do Sinproesemma, Laestro Pereira e a ex-dirigente do SINSPPI, Núbia Silva, revelaram ao SINSPPI que o referido projeto estava pronto para ser enviado à Câmara, mas o secretário de administração, José Mário, havia convencido o prefeito Mundiquinho a não fazer isso. É lamentável essa tentativa de botar a culpa de tudo no secretário de administração (além da falta de ética de falar mal de um colega de governo). Sabemos, no entanto, que o prefeito é o responsável maior pelos atos de governo, não é criança e é consciente do que fez à categoria.
Os dirigentes do SINSPPI, Jaqueline Cavalcante e Edílson Assis, foram à prefeitura de Pio XII e pressionaram o secretário do Sinproesemma, Laestro e secretário de administração, Zé Mário, para que enviassem o projeto à Câmara a fim de que os vereadores pudessem votá-lo numa sessão convocada estritamente para essa finalidade. Ao ter acesso ao projeto, o SINSPPI teve uma surpresa: a proposta havia sido adulterada, não era mais uma emenda à lei já existente, mas um projeto de lei que não fazia menção à lei anterior, além de reduzir os valores referentes aos salários dos professores e mudanças no corpo do texto que feriam a autonomia e liberdade sindical.
Como o projeto-frankestein montado nos gabinetes da prefeitura de Pio XII não respeitava a vontade dos trabalhadores da educação do município, e como não tinha valor legal, pois se apresentava como lei quando deveria apresentar-se como emenda, os vereadores da oposição, Sepa, Velosinho, Daniel e Davi, junto com o então presidente da Câmara, Georthon, recusaram-se a trair a luta dos professores e a discutir uma proposta que não refletia as esperanças da categoria.
A triste lição final mostra qual o verdadeiro papel do Sinproesemma em Pio XII: usar todo o seu peleguismo para que os servidores municipais não possam questionar os abusos e as manobras da administração Mundiquinho.

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