9.9.07

Por que os vereadores de Mundiquinho estão protegendo a secretária de educação?

Um simples pedido para que secretária compareça à Câmara quase vira caso de polícia. Isso aconteceu em Pio XII, Maranhão.


Em sessão realizada na Câmara de Vereadores de Pio XII, no dia 31 de agosto último, o vereador Georthon Portilho apresentou um requerimento solicitando a presença da Secretária de Educação de Pio XII, Meirelene Pereira Fróes Lima, para prestar esclarecimentos sobre o uso dos veículos da prefeitura de Pio XII, recursos do FUNDEB e relação dos professores pertencentes à rede municipal de ensino.

A solicitação do vereador Georthon já havia sido feita três meses antes, no dia 1o de junho, no plenário da Câmara de Pio XII, depois de a própria secretária ter se autodenominado uma pessoa “transparente”.

No entanto, na sessão do dia 31/08, o pedido do vereador Georthon teve que ser submetido à votação, para saber se a maioria dos vereadores aprovava ou não à ida da secretária à Câmara para prestar contas dos seus atos à população.

O resultado foi que... a maioria dos vereadores presentes votou contra a convocação da senhora Meirelene Fróes.

O presidente da Câmara, Davi Ribeiro da Silva, achou estranho que os vereadores não queiram que a Secretária de Educação vá à Câmara explicar ao povo os seus atos, uma vez que quem não deve, não teme.

Incomodado com as palavras do vereador Davi, o vereador Roberto Carlos Braga de Oliveira, um dos que havia votado pelo não comparecimento da secretária, reagiu de maneira nervosa, dando murros na mesa.

Não se imaginava que um simples convite para que uma secretária municipal comparecesse à Câmara para prestar esclarecimentos à população fosse se transformar numa novela de enredo tão esdrúxulo.

O que temem os vereadores, que protegem a secretária com esse “escudo” contra a transparência e a democracia? Pensam por acaso que ainda estamos na ditadura militar, quando a população não tinha direito de saber o que faziam os governantes?

Vereador Roberto Carlos Braga de Oliveira tem saudades dos tempos da ditadura...

O vereador Roberto Carlos Braga de Oliveira já é conhecido dos piodozenses por suas atitudes ditatoriais e por sua perseguição à esquerda e aos movimentos organizados. No dia 24 de junho de 2005, Roberto Carlos, junto com os vereadores Beneditinho, Claudinho, Zé do Trator e Georthon votaram contra a presença de um representante do SINSPPI (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pio XII) na tribuna popular da Câmara, apesar de existir uma lei que permite a qualquer cidadão solicitar um espaço e expressar sua opinião na Câmara de Vereadores. Pela primeira vez na história de Pio XII impediu-se alguém de falar na Câmara de Vereadores.

No dia 10 de novembro do ano passado, o SINSPPI convocou a população para protestar em frente à Câmara, exigindo dos vereadores que convidasse o prefeito Mundiquinho para que explicasse a não aplicação integral dos recursos do FUNDEF, segundo relatório do Tribunal de Contas do Maranhão. Durante a manifestação, o vereador Roberto Carlos, num ato de desespero e falta de equilíbrio emocional, chamou as pessoas presentes ao ato público de “raparigas” e “baitolas” e, com medo de apanhar dos manifestantes, teve que sair da Câmara protegido pela guarda municipal.

É lamentável tanta falta de “decoro parlamentar”. Mais lamentável ainda é o parlamento municipal, ou, mais precisamente, os vereadores da “panela” do prefeito, fecharem os olhos para tudo isso.


Atenção, eleitores, foram estes os vereadores que votaram pelo não comparecimento da secretária:

Beneditinho

Daniel

Roberto Carlos

Zé do Trator (o vereador Claudinho absteve-se)

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