14.5.07

Em vez de cuidar de ruas, bairros e povoados que estão no abandono, Mundiquinho prefere continuar perseguindo servidores e sindicalistas


Um morador da zona rural relatou ao Dignidade o calvário que atravessou para tentar chegar à sede do município. Acordou às cinco da manhã e depois de peregrinar por áreas alagadas, estradas improvisadas, pagar um carro, que empancou no meio do caminho, exatamente seis horas depois de ter saído do povoado em que mora, chegou à sede do município. O absurdo da situação: cidadãos de alguns localidades rurais de Pio XII levam mais tempo para chegar à sede do município do que o tempo normalmente gasto para ir de Pio XII a São Luis. Essa é uma “pequena” amostra da situação de abandono em que se encontra a zona rural de Pio XII. Mas na zona urbana não é diferente: ruas e bairros da periferia sofrem com as chuvas, ausência de saneamento e com a falta de respeito dos que estão no poder, que se fingem de cegos, surdos e mudos diante das carências da população.

Enquanto isso, em vez de procurar desenvolver a cidade, o prefeito Mundiquinho parece ter uma única meta de governo: perseguir funcionários, entre os quais, os membros do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pio XII (SINSPPI), que têm trazido a público as falcatruas praticadas por Mundiquinho e seus (des)assessores. Em janeiro do ano passado, Mundiquinho pisou em cima da lei e demitiu o sindicalista Gilcênio Vieira Souza. E, apesar de a justiça ter determinado a volta de Gilcênio, Mundiquinho continua descumprindo a decisão do Dr. Marco André, juiz da comarca local. A coordenadora geral do SINSPPI, Iara Portilho, e o seu esposo, Luiz Portilho, bem como a coordenadora adjunta da entidade, Jaqueline Cavalcante, também estão sendo vítimas de perseguição por parte de Mundiquinho, com corte de pagamento, relotamento para povoados distantes da sede do município (Portilho foi relotado no Cordeiro e Jaqueline em São José da Mata) e falsos “processos administrativos” de sentenças prontas.

Processos administrativos de cartas marcadas. Os funcionários voltam a ser vítimas de perseguição por parte de Mundiquinho através de uma suposta “Comissão Processante”, supostamente presidida pela senhora Núbia Silva de Araújo. Alguns funcionários foram convocados por essa suposta comissão, sob as mais diversas desculpas. A sindicalista Jaqueline, por exemplo, foi convocada para uma “audiência” e, no momento em que Jaqueline solicitou à senhora Núbia a portaria do prefeito Mundiquinho criando a “Comissão Processante”, Núbia negou-se a apresentar o documento, dizendo que este se encontrava afixado no quadro de avisos da prefeitura. No entanto, no quadro de avisos da prefeitura não consta a referida portaria. Ou seja, a senhora Núbia mentiu, o que prova que tanto a comissão que diz presidir como os “processos administrativos” de que se ocupa não passam de uma farsa relacionada à obsessão do prefeito e de alguns dos seus grumetes de perseguir as pessoas que lhe causam incômodo. Mundiquinho não tem moral para criar nenhuma “comissão processante”, uma vez que ele é o primeiro a cometer irregularidades, se recusando a cumprir a Constituição e apresentar as prestações de contas de 2005 e 2006, entre outros abusos. Núbia declarou recentemente que “toda administração é de cartas marcadas”. Felizmente, não, senhora Núbia. Felizmente, ainda existem administrações sérias e governantes honestos...

Administração caótica. Recentemente, o jornal Agora Santa Inês publicou uma matéria em que descreve o governo Mundiquinho Batalha como uma “administração caótica”. Pura verdade. Por que é que em vez de perseguir funcionários e sindicalistas, Mundiquinho e seus des(assessores) não procuram melhorar as condições de vida da população? Durante esse período de chuvas, a população mais carente, que mora na periferia da cidade e na zona rural, pôde ver o quanto Mundiquinho não está nem aí para os mais humildes. Muitos moradores ficaram completamente ilhados, impossibilitados de sair de casa. Isso nos faz lembrar do trecho de uma música usada por Mundiquinho na campanha para prefeito, que dizia: “quem está do outro lado, ilhado vai se afogar”. Ele esqueceu de dizer que os “do outro lado” são, na verdade, os que moram no outro lado da cidade – nos bairros mais pobres ou no interior do município – que hoje, realmente, estão ilhados. Essa promessa de campanha Mundiquinho está cumprindo...

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